sexta-feira, 17 de setembro de 2010

(E assim posso encostar-me no teu ombro e ver se fico melhor)

Amor, essa palavra que me mata
me corta (como uma faca)
me deixa no chão, como um cão
nu sem sossego, como o prazer que te nego.
Dor, cativa, privada,
bruma que te cobre o corpo de fada,
sonho, distante na mente
e de repente, saber que se está só.
É duro, é puro, o futuro,
sempre presente como o céu na tua frente
pintado, queimado, vazio assumido
um corpo triste despido
e uma mão que se estende,
depende de quem vier
e é mesmo assim que se quer.
Longe ou perto!
(Assim posso encostar-me no teu ombro e ver se fico melhor)
Pedro Lourenço.

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